Do alto dos meus 43 anos, posso afirmar com certeza que, as pessoas vão embora da nossa vida de todas as maneiras. Do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país…
E muitas, a quem dedicamos um amor profundo, partem para outra dimensão, e continuam imortais dentro de nós. A vida segue: às vezes dói, rasga o coração, enche-o de saudade… depois vem a aceitação. A dor é amenizada, a falta traz apenas uma doce lembrança, por vezes até engraçada, a filosofia de vida, o jeito característico, aquela particularidade da pessoa que se foi.
Mas as pessoas vão embora. As coisas acabam, as relações esvaiem-se, as paixonites vão pelo ralo abaixo, os “adeus” começam a fazer sentido. E então começamos a perceber, que se sentimos tanto com estas idas e vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos então deste “agora”. Muitos já partiram para nos ensinar que a vida é apenas um pedaço de um momento que pode durar cem anos ou apenas cinco minutos. E não importa quanto tempo tivemos para amar alguém, mas o amor que investimos durante esse tempo. Os segundos podem ser eternidades, ou não. Depende da força com que os abraçamos.